domingo, 7 de abril de 2013

Abstracionismo

Em 1910, o pintor russo Vassily Kandinsky pinta a primeira obra abstrata – ou seja, em que não existe uma referência real, ou em que, se existe, essa referência é secundária. O que importa essencialmente são as formas e cores da composição. O abstracionismo pode ser dividido em informal ou geométrico. Alguns, como o holandês Piet Mondrian, o romeno Constantin Brancusi e o norte-americano Alexander Calder, não podem ser encaixados em nenhuma das duas vertentes, embora tendam mais para a segunda. Fazem um abstracionismo de princípios geométricos mas procuram sobretudo dar musicalidade às formas, que adquirem expressividade. Esta linha irá influenciar o minimalismo.

Abstracionismo informal – Defende as formas livres e busca o lirismo no ritmo estabelecido pelo jogo cromático e espacial. Kandinsky, Paul Klee, depois Nicholas de Staël e Richard Diebenkorn são alguns dos abstracionistas informais, que vão mais tarde influenciar o expressionismo abstrato.
Abstracionismo geométrico – As formas são obtidas mediante um sistema rigoroso – com base, por exemplo, em formas geométricas como quadrados, triângulos ou círculos – e não há a intenção de expressar algum sentimento ou idéia. Artistas como Kasimir Malevitch, os construtivistas russos (Rodchenko, Tatlin, Lissitsky) e os seguidores da escola alemã Bauhaus (os arquitetos Walter Gropius e Mies Van Der Rohe), que enfatiza a funcionalidade na nova arte, adotam os princípios desse abstracionismo, que mais tarde vai influenciar o concretismo.
Piet Mondrian (1872-1944), pintor holandês. Nasce e estuda pintura em Amsterdã. Pinta paisagens, passa ao cubismo e, a partir de 1912, abandona sua tendência expressiva e colorista. A relação de linhas e planos, como estruturação de áreas de cor, passa a ser sua única preocupação artística. Entre 1914 e 1917, faz a série Composições, em que abole a representação. 

                MONDRIAN, Piet. Composição com vermelho, amarelo e azul, ano de 1921, óleo sobre tela.



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